domingo, 15 de abril de 2012
Resenha Bob Dylan - Highway 61 Revisited
Aproveitando a vinda do cantor americano Bob Dylan ao Brasil, essa semana nossa resenha será destinada a um dos discos mais célebres da história, o'' Highway 61 Revisited '', gravado em 1965 e dado como um dos melhores álbuns da história da música.
O disco começa com '' Like a Rolling Stone '' que dispensa qualquer apresentação, já que além de conhecida mundialmente também foi eleita pela revista Rolling Stone (coincidentemente levando parte do nome da canção) como a melhor música da história. Depois de uma abertura em tanto vem a já conhecida Tombstone Blues, grande clássico da carreira de Dylan que divide muitas opiniões, já que com o tempo essa música pode vir a se tornar longa e cansativa. A seguir vem '' It Takes a Lot to Laugh, It Takes a Train to Cry '' boa faixa, com um ritmo e letra bem ao estilo Country. '' From a Buick 6 '' anima o disco com a base típica do Rock n' Roll anos 50, com direito a um solo de gaita, que substitui muito bem qualquer solo de guitarra e ainda dá um toque que só Bob Dylan dá à suas músicas ! A quinta faixa '' Ballad of a Thin Man '' é uma das melhores do álbum com uma pegada Blues que torna a música quase melancólica porém ótima. Outra clássica de Dylan vem agora, ''Queen Jane Approximately '', letra e melodia encaixados perfeitamente numa harmonia boa de se ouvir, um lado menos Folk e mais Rock anos 60 do cantor. A faixa-título não decepciona e traz novamente o lado anos 50, '' Highway 61 Revisited '' pode vir a lembrar alguns mestres como Chuck Berry e Little Richard. As duas últimas encerram o álbum do melhor modo possível com arranjos e letras memoráveis nas canções '' Just Like Tom Thumb's Blues '' e a clássica '' Desolation Row ''.
Pode-se perceber uma diferença deste disco com relação aos anteriores de Bob Dylan, já que '' Highway 61 Revisited '' foi o primeiro do músico gravado totalmente com uma banda de apoio, que por sinal fez a diferença com destaques a Alan Kooper e Paul Griffins que ficaram responsáveis pelos teclados, um ótimo trabalho. Enfim, apesar de ter sido crucificado pelos puritanos do Folk na época de seu lançamento, ' Highway 61 Revisited '' é uma obra-prima do mestre Dylan, com sua voz típica, suas letras belíssimas, seu violão sempre mantendo a simplicidade e sua gaita magnífica que traz a marca do cantor em suas músicas !
Nota 9,5 de 10
História Musical - Indie Rock (4 de 4)
Chegamos a última parte do nosso História Musical - Indie Rock ! Na etapa final, falaremos sobre o maior expoente do Rock Alternativo britânico dos últimos anos, os Arctic Monkeys. A banda foi formada na cidade de Sheffield, Inglaterra em 2002 e rapidamente conseguiu um alto índice de sucesso de críticas e venda. Seu primeiro álbum ''Whatever People Say I Am, That's What I'm Not'' se tornou o disco de estreia mais vendido da história do Reino Unido, tendo uma recepção calorosa da crítica.
Com muita expectativa dos fãs, em 2007 foi lançado o segundo do grupo, '' Favourite Worst Nightmare '', que renderam a banda 2 prêmios na Brit Awards 2008, de melhor banda e melhor álbum. Com este disco, os Arctic Monkeys desenvolveram fama por todo território europeu e americano, fazendo com que o Indie rock, que a crítica tanto esperava e cobrava dos grupos britânicos, ressuscitasse e estourasse por todo mundo. Em sequência o terceiro álbum ''Humbug'' não agradou tanto como os dois primeiros mas lançou um novo hit para a banda, a música '' Crying Lightning ''. Seu último disco '' Suck it See '' mostrou um lado diferente, porém original do grupo.
O Arctic Monkeys acabou sendo responsável pela volta do Indie Rock nas paradas musicais de todo o mundo nos anos 2000. Algumas bandas como The Libertines e The Strokes que inauguraram a cena alternativa musical do novo milênio estavam praticamente paradas no tempo, nenhum grande sucesso ou hit. Graças ao disco de 2006, ''Whatever People Say I Am, That's What I'm Not''' , o Rock britânico pôde se reerguer, inspirando várias bandas de garagem a saírem de suas casas para o sucesso. A partir daí temos a nossa nova geração do Indie Rock, com o bom e velho sotaque inglês de sempre !
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